Capital de Pernambuco, o Recife constitui o centro de negócios e atividades governamentais do Estado, ocupando posição de destaque no contexto regional. Atualmente, a cidade se consolida como o maior polo de serviços modernos do Nordeste.
É o núcleo da Região Metropolitana do Recife, da qual fazem parte os municípios de Olinda, Abreu e Lima, Paulista, Igarassu, Itapissuma, Ilha de Itamaracá, Araçoiaba, Camaragibe, São Lourenço da Mata, Moreno, Jaboatão dos Guararapes, Cabo de Santo Agostinho e Ipojuca. Concentra 41,67 % da sua população, grande parte das atividades econômicas e de fluxos de deslocamentos pendulares.
A cidade do Recife está dividida em seis Regiões Político-Administrativas: RPA 1 Centro, 2 Norte, 3 Nordeste, 4 Oeste, 5 Sudoeste e 6 Sul (Lei Municipal nº 16.293 de 22.01.1997). Cada RPA é subdividida em três Microrregiões que reúne um ou mais dos seus 94 bairros.
Dados Gerais
- População (2010): 1.537.704 habs
- Taxa média geométrica de crescimento da população (2000/2010): 0,78 % a.a.
- Área: 218,50 km²
- Densidade Demográfica: 7.037,61 hab/ km²
- Localização: Ocupa posição central no litoral do nordeste do Brasil, situando-se na área central da Região Metropolitana do Recife, a 800 km das metrópoles regionais de Salvador e Fortaleza.
- Limites: Limita-se ao norte com os municípios de Olinda e Paulista; ao sul, Jaboatão dos Guararapes; a leste com o oceano Atlântico e a oeste com São Lourenço da Mata e Camaragibe.
- Coordenadas geográficas: latitude 8º 04’ 03’’ s e longitude 34º 55’ 00’’ w.
- Altitude: 4 m.
- Composição da área territorial: 67,43% de morros; 23,26% de planícies; 9,31% de aquáticas; e 5,58% de Zonas Especiais de Preservação Ambiental – ZEPA.
- Clima: quente e úmido.
Contexto histórico
A origem do Recife remonta à terceira década do Século XVI, quando era uma estreita faixa de areia protegida por uma linha de arrecifes que formava um ancoradouro. Devido as suas características físicas favoráveis, o local passou a abrigar um porto. E no entorno dele, que servia a Vila de Olinda, formou-se um povoado com cerca de 200 habitantes, em sua maioria, marinheiros, carregadores e pescadores. O assentamento ocupava a península correspondente ao que é hoje o Bairro do Recife.
Por se tratar de região portuária, a atividade comercial desenvolveu-se rapidamente impulsionando o crescimento do povoado. E em 1537, a constituição da Vila do Recife é registrada. No século XVII, com o desenvolvimento econômico da colônia, o porto prosperou favorecendo a expansão da vila que toma forma de cidade. A atividade açucareira também cresceu e as margens dos cursos d’água passaram a ser ocupadas por engenhos e casebres, enquanto os rios tornaram-se caminhos navegáveis para transporte dos produtos.
Em 1630, Olinda, então centro da capitania, é invadida e incendiada por holandeses. Contudo, os invasores se estabeleceram nas terras baixas do Recife, seja porque o sítio de Olinda não favorecia aos seus interesses militares e comerciais, seja pela semelhança do Recife com a Holanda. Desse modo, colonos, soldados, habitantes de Olinda e imigrantes judeus iniciaram a ocupação da Vila do Recife.
A partir do Século XVIII, o desenvolvimento da cidade se apóia no comércio externo e a urbanização portuguesa incide predominantemente sobre o antigo território holandês, de forma espontânea, caracterizada por ruas estreitas, que se abrem em pátios onde se destaca a construção religiosa. No Século XIX, a cidade já apresenta um tecido densamente urbanizado que corresponde ao atual centro histórico surgido dos aterros das áreas alagadas e mangues, a partir da ocupação holandesa.
Aspectos urbanísticos e ambientais
O Recife ocupa posição central no litoral do nordeste brasileiro, situando-se a 800 km das metrópoles regionais de Salvador e Fortaleza. O clima tropical-úmido e os ambientes naturais compostos por praias, rios, mangues, matas e mananciais constituem uma riqueza ímpar e atribui ao Recife características que a diferencia das demais cidades do Brasil.
A urbanização da cidade se deu a partir do Bairro do Recife, tendo crescimento acelerado no Século XIX. Neste período, a cidade já apontava para sua atual estrutura urbana, radiocêntrica, em forma de estrela e em cinco direções (norte, sul, sudeste, oeste e noroeste), resultante da ligação entre seu núcleo primitivo e os antigos engenhos.
Ao mesmo tempo em que cresceu, a cidade se deslocou em direção aos bairros periféricos e municípios vizinhos, desenvolvendo novas centralidades. O processo de metropolização que avança nos anos seguintes, data dos anos de 1950 com a integração da área intersticial entre Recife e Olinda. Na década de 1970, a conurbação com os municípios do entorno é incentivada pela implantação de distritos industriais ao longo dos eixos rodoviários arteriais (BR-101, ao norte e ao sul, e BR-252 a oeste) e de grandes conjuntos habitacionais promovidos pelo Banco de Habitação Popular (BNH). Atualmente, os novos empreendimentos do Complexo Industrial Portuário de Suape no eixo sul, o polo farmacoquímico e a implantação da Fiat ao norte e a Cidade da Copa no eixo oeste reforçam essa tendência e intensifica a dinâmica metropolitana, gerando maior pressão sobre a Cidade, núcleo central da Metrópole do Recife.
Destaque-se que Recife foi pioneiro no Brasil ao introduzir no seu zoneamento, através da Lei municipal de uso e ocupação do solo nº 14.511 de 1983, Zonas Especiais de Interesse Social. As Zeis, em número de 66, são delimitadas como “áreas de assentamento habitacionais de população de baixa renda, surgidos espontaneamente, existentes, consolidados ou propostos pelo Poder Público, onde haja possibilidade de urbanização e regularização fundiária”.
Perfil econômico
Desde os tempos da colonização portuguesa, o Recife mostra que a força de sua economia está ligada às atividades comerciais e de prestação de serviços. Uma vocação que fez a vila – originária do século XVI – crescer e assumir a posição de destaque na economia do Estado. Atualmente, a cidade mantém suas ações voltadas para o setor terciário, e consolidá-se como o maior polo de serviços modernos da região Nordeste.
O município se sobressai no cenário pernambucano com um Produto Interno Bruto (PIB) de R$ 24,8 bilhões, representando aproximadamente um terço do PIB estadual 31,67 % e quase a metade do PIB metropolitano 48,62% (Agência Condepe/Fidem, 2009). Do total de riquezas produzidas, o setor de serviços tem a maior participação (83%), ressaltando-se as atividades de comércio, administração pública, serviço financeiro, aluguéis, construção civil, indústria de transformação e serviços prestados a empresas.
Para impulsionar seu crescimento, o Recife conta com o respaldo de ser um reconhecido centro acadêmico e de produção de conhecimento, sediando universidades de relevância nacional. Faculdades isoladas e novos empreendimentos privados de ensino superior também oferecem mão-de-obra especializada, alta capacidade de pesquisa e de desenvolvimento tecnológico. Além disso, a cidade vem se afirmando como reduto de cursos de pós-graduação em níveis de especialização, mestrado e doutorado.
Ainda tem a seu favor o fato de abrigar um dos maiores parque tecnológico do Brasil, o Porto Digital; e de sediar o mais importante polo médico do Norte/Nordeste. Soma-se a isso o reflexo dos novos empreendimentos no Estado, como o Estaleiro Atlântico Sul no Complexo Industrial Portuário de Suape e a instalação da fábrica da Fiat no eixo norte. Embora as empresas estejam instaladas em outro município, elas buscam no Recife o suporte necessário nas mais diversas áreas, estimulando a criação de novos negócios na capital.
Vale destacar que, para ancorar a expansão do setor terciário e solidificar o crescimento local, a Prefeitura tem aplicado uma forte política fiscal e de atração de investimentos privados e públicos. E mais uma série de importantes intervenções estruturais está em andamento, a exemplo do Capibaribe Melhor, e da Via Mangue, maior obra viária das últimas décadas no município. As iniciativas também preparam a cidade para sediar a Copa do Mundo de 2014. O resultado disso são milhares de empregos gerados a cada ano. É mais oportunidade e mais desenvolvimento para o Recife.
Festivais culturais
Além de seus encantos naturais, o Recife se destaca no cenário nacional por sua diversidade cultural e um amplo calendário de eventos. Moradores e visitantes podem desfrutar de um leque de festivais que se sucedem ao longo do ano. Realizados pela Prefeitura, eles seguem o princípio da descentralização e da democratização do acesso à cultura, abrindo o espaço para escritores, poetas, pesquisadores, dançarinos e artistas em geral.
Destaque para o Festival Internacional de Dança do Recife, o Spa das Artes, o Festival Recifense de Literatura e o Festival do Teatro Nacional. Essa programação ganhou ainda mais força com a chegada da Virada Multicultural, em 2011. Afora estes, a Prefeitura do Recife apóia diversos outros projetos culturais, como o Cine PE, Janeiro de Grandes Espetáculos, Mostra Brasileira de Dança, Coquetel Molotov e Festival do Circo do Brasil.
SPA das Artes
Realizado pela Prefeitura do Recife, em setembro, o SPA das Artes movimenta o cenário das artes plásticas da cidade com intervenções urbanas, performances, exposições, oficinas e debates acessíveis a toda a população. A concepção do evento é bastante democrática, com a participação de artistas visuais nacionais e internacionais, que contribuem para a renovação da produção artística brasileira. Um dos objetivos é incentivar a formação de público por meio da interatividade que a arte contemporânea pressupõe.
Festival Internacional de Dança do Recife
O alto nível do Festival Internacional de Dança do Recife traduz a consolidação do evento como uma vitrine internacional para os profissionais de dança de todo o mundo. O evento, realizado sempre no mês de outubro, mantém suas características fundamentais, tais como a descentralização e a democratização no acesso aos espetáculos. Contudo, ele amplia o leque de oportunidades para a troca de experiências, interação e debate entre artistas locais, nacionais e internacionais.
Virada Multicultural
Quarenta e oito horas de música, artes cênicas, cinema, literatura, artes visuais, moda e gastronomia. Assim é a Virada Multicultural – Conexão Nordeste, realizada pela Administração Municipal, no mês de outubro. Seguindo diretrizes da democratização do acesso aos bens culturais e da promoção do intercâmbio sócio-cultural, o evento leva a diversos pontos da cidade, grupos musicais, manifestações tradicionais, companhias teatrais e apresentações de vanguarda representando a rica cultura do Nordeste.
Festival Recife do Teatro Nacional
Um panorama da produção do teatro nacional é traçado a partir das peças brasileiras de maior destaque no Festival Recife do Teatro Nacional, sempre no mês de novembro. O belíssimo Teatro de Santa Isabel, exemplo da arquitetura neoclássica, é o palco de abertura do evento, que todo ano homenageia um grande nome do teatro nacional. Os ingressos são vendidos a preços populares, reforçando a política de democratização do acesso à cultura adotada pela Prefeitura.
Festival Recifense de Literatura
Aos interessados no universo das letras, o Festival Recifense de Literatura oferece, durante uma semana, seminários, oficinas, debates com escritores, lançamentos de publicações, mostra de cinema e a Festa do Livro. Realizado sempre no mês de agosto, o evento também conta com a participação de escritores renomados escritores locais e nacionais.
Informações
A Prefeitura do Recife instalou postos de Informações Turísticas em pontos estratégicos da cidade, como no Aeroporto, nos bairros de Boa Viagem, São José e Recife Antigo, além do Terminal Integrado de Passageiros. Neles, os visitantes podem encontrar mapas, folders e a programação cultural da cidade. Afora esses espaços, turistas e moradores podem contar com um Disque Recife Turístico, que funciona de segunda a sexta, das 8h às 17h, pelo telefone (81) 3355-8409.
Aeroporto Internacional do Recife / Guararapes Gilberto Freyre
Avenida Marechal Mascarenhas de Moraes, Praça Salgado Filho, Imbiribeira
Tel: (81) 3355-0128 / 3182-8299 – de domingo a domingo – 7 às 23h
Parque Dona Lindu – Boa Viagem
Av. Boa Viagem, Boa Viagem
Tel: (81) 3355-9844 – de domingo a domingo - 9h às 21h
Mercado de São José – Bairro de São José
Praça Dom Vital, São José
Tel: (81) 3355-3022 – de segunda a sábado – 7h às 17h
Pracinha de Boa Viagem
Tel: (81) 3182-8297 – de domingo a domingo – 8h às 20h
Praça Arsenal da Marinha – Bairro do Recife
Tel: (81) – 3355-3402 – de domingo a domingo – 8h30 às 20h30
Pátio de São Pedro – Bairro de São José
Tel: (81) 3355-3310 / 3355-3311 – de segunda a sexta – 9h às 17h
Terminal Integrado de Passageiros – TIP
BR- 232, Km 15, Curado
Tel: (81) 3182-8298 – de domingo a domingo – 7h às 19h
Disque Recife Turístico
Tel: (81) 3355-8409 – de segunda a sexta – 8h às 17h